As parlendas são criações anônimas do folclore brasileiro, transmitidas oralmente de geração em geração. Elas capturam a essência da cultura popular, tecendo uma teia de conexões entre avós, pais e filhos através de um aprendizado lúdico e contínuo.
Mas não se engane: as parlendas vão muito além do mero entretenimento. Elas desempenham um papel crucial no desenvolvimento infantil, aprimorando a memorização, fortalecendo a comunicação, fomentando a socialização e até estimulando o raciocínio lógico das crianças. Seja em brincadeiras de roda, jogos, decisões do tipo "quem começa?", contos noturnos ou simplesmente por diversão, as parlendas permeiam nosso cotidiano de formas muitas vezes imperceptíveis.
Neste post, mergulharemos no fascinante universo das parlendas, explorando suas origens, características e o impacto positivo que exercem no crescimento e aprendizado dos pequenos. Prepare-se para uma jornada de redescoberta e, quem sabe, para aprender novas rimas para compartilhar com as crianças em sua vida!
- Tá com frio?Toma banho no rioTá com calor?Toma banho de regador
- Fui à feiraEncontrei uma corujaPisei no rabo delaEla me chamou de cara suja.
- Chuva, choveuGoteira pingouPergunte ao papudoSe o papo molhou.
- Batalhão, lhão, lhão,Quem não entrar é um bobão.
- Abacaxi, xi, xiQuem não sai é um saci.Beterraba, aba, aba,Quem errar é uma diaba.Borboleta, leta, leta,Quem errar é uma capeta.
- Uni, duni, tê,Salamê, mingüê,Um sorvete colorê,O escolhido foi você!
- Suco geladoCabelo arrepiado.Qual é a letraDo seu namorado?
- O Papagaio come milho,Periquito leva a fama.Cantam uns e choram outrosTriste sina de quem ama.
- Quem cochicha,O rabo espicha.Come pãoCom lagartixa.
- Serra, serra, serradorQuantas tábuas já serrou?
- Um, dois, três, quatro.Una,Duna,Tena,Catena,Solá,Soladá,Gurupim,Gurupá,Conta bem,Que são dez.
- A vovó da MariazinhaFez xixi na panelinhaE falou pra todo mundoQue era caldo de galinha.Uma pulga na balançaDeu um pulo e foi à França.
- Os cavalos a correr,Os meninos a brincar,Vamos ver quem vai pegar.
- Subi na roseira,Quebrou um galho.Segura (nome da criança)Senão eu caio.
- Hoje é domingo, pede cachimboCachimbo é de barro, dá no jarroO jarro é fino, dá no sinoO sino é de ouro, dá no touroO touro é valente, dá na genteA gente é fraco, cai no buracoO buraco é fundo, acabou-se o mundo!
- Rei, capitão,Soldado, ladrão.Moça bonitaDo meu coração.
- Era uma bruxaÀ meia-noiteEm um castelo mal-assombradoCom uma faca na mãoPassando manteiga no pão.
- Tique-taqueCarambolaEsse dentroEsse fora.
- Batatinha quando nasceSe esparrama pelo chão.Menininha quando dormePõe a mão no coração.
- Fui passar na pinguelinha,Chinelinho caiu do pé.Os peixinhos reclamaram:Que cheirinho de chulé!
- Meio dia,Macaco assobia,Panela no fogo,Barriga vazia.
- Bão, babalão,Senhor Capitão.Espada na cinta,Ginete na mão.Em terra de mouroMorreu seu irmão,Cozido e assadoNo seu caldeirão.
- O macaco foi à feiraNão teve o que comprarComprou uma cadeiraPra comadre se sentarA cadeira esborrachouCoitada da comadreFoi parar no corredor.
- Quem vai ao ar,Perde o lugar.Quem vai ao vento,Perde o assento.Quem vai à ribeira,Perde a cadeira.
- A casinha da vovóTrançadinha de cipó;Se o café está demorandoCom certeza falta pó.
- João corta o pão,Maria mexe o angu,Teresa põe a mesa,Para a festa do Tatu.
- Lá em cima do pianoTem um copo de veneno.Quem bebeu, morreu,O azar foi seu.
- Pisei na pedrinha,A pedrinha rolouPisquei pro mocinho,O mocinho gostouContei pra mamãeMamãe nem ligouContei pro papai,O chinelo cantou.
- Galinha choca,Comeu minhoca,Saiu pulando,Que nem pipoca.
- Agá, agá,A galinha quer botar.Ijê, ijê,Minha mãe me deu uma surra fui parar no Tietê.Alô, alô,O galo já cantou.
- Cadê o toucinho que estava aqui?O gato comeu.Cadê o gato?Foi pro mato.Cadê o mato?O fogo queimou.Cadê o fogo?A água apagou.Cadê a água?O boi bebeu.Cadê o boi?Foi carregar trigo.Cadê o trigo?A galinha espalhou.Cadê a galinha?Foi botar ovo.Cadê o ovo?O frade comeu.Cadê o frade?Tá no convento.
- Corre cutia, na casa da tia.Corre cipó, na casa da vó.
- Lencinho na mão, caiu no chão.Moça bonita, do meu coração.
- Santa LuziaPassou por aquiCom seu cavalinhoComendo capim.
- Lá na rua vinte e quatro,A mulher matou um sapoCom a sola do sapato.O sapato estremeceu,A mulher morreu,O culpado não fui eu.
- Meio-diaMacaca SofiaFazendo caretaPra Dona Maria.
- A galinha do vizinhoBota ovo amarelinho.Bota um, bota dois, bota três,Bota quatro, bota cinco, bota seis,Bota sete, bota oito, bota nove,Bota dez!
- A sempre-viva quando nasce,Toma conta do jardim.Eu também quero arranjarQuem tome conta de mim.Salada, saladinhaBem temperadinhaCom sal, pimenta.
- Fogo, foguinho, fogão!Boca de forno.Forno!Tira o bolo.Bolo!Se um mestre mandar?Faremos todos!E se não for?Bolo!
- Santa LuziaQue tinha três filhas:Uma que fiava,Uma que tecia,Uma que tiravaO cisco que havia.
- Papagaio louroDo bico douradoMande essa cartinhaPara o meu namorado.Se estiver dormindo,Bata na porta.Se estiver acordado,Deixa recado.
- Quem é?É o padeiro.E o que quer?Dinheiro.Pode entrar,Que eu vou buscarO seu dinheiroLá embaixo do travesseiro.
- Fui andando pelo caminho.Éramos três,Comigo quatro.Subimos os três no morro,Comigo quatro.Encontramos três burros,Comigo quatro.
- Palma, palminha,Palminha de GuinéPra quando papai vié.Mamãe dá a papinha,Vovó bate cipó,Na bundinha do nenê.
- Entrou pela perna do pato,Saiu pela perna do pinto.O rei mandou dizerQue quem quiserQue conte cinco:Um, dois, três, quatro, cinco.
- Leva meu chapéu pra passear.Se ele voltar, eu vou guardar,No meu armário pra não voar!
- Cachorro late, mia o gatoPassarinho canta lá no mato.Galo canta, diz bom dia,Acorda toda a vizinhança com alegria!
- Lá vai a chuva, molha o chãoFaz a plantinha crescer no sertão.O sol aparece e seca tudo,Assim é a vida, eu não me iludo!
- Borboleta, voa ligeiroVai pousar lá no canteiro.Colorida, de flor em flor,Enfeita a vida com seu amor!
- Passa na ponte, devagarinhoQuem correr perde o sapatinho.A ponte é frágil, pode quebrar,Quem tem pressa, vai se molhar!